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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Contradição do poeta






Contradição do poeta


Há um coração que bate em prantos de alegria.
Suspira amor e ternura na paixão sem controle.
Seu som é forte e contagia.
E seu pranto já tem quem o console.


Um pranto sorridente de amor.
Um pranto cheio de sentidos.
Uma vida de desejo e de calor.
Vive agora a ausência de gemidos.


O que parecia incurável.
Hoje é são e feliz.
Cheio de paz e amor inefável.
Aquele poeta triste se contradiz.


Se contradiz em seus antigos versos de dor.
Versos sem vida,versos sem cor.
O que antes era morte triste.
Hoje é vida ,sem dor.


Hoje é cor, em um arco-iris de amor.


Anderson Cristiano Alves 29/06/2011

sábado, 25 de junho de 2011

Nome Composto de Doug Santander

Olá pessoal, raramente costumo escrever falando diretamente aos leitores,mas hoje tive que mudar a forma de escrever depois de ler um poema que me tirou o fôlego,trata-se de um poema magnífico de um amigo Chamado Douglas Santander,aluno do curso de letras na Universidade de Sorocaba.
Esta é a segunda vez que posto um poema que não é meu neste blog, a primeira foi quando postei um de Fernando Pessoa,''Autopsicografia'',acreditem eu sou egoísta e umbigocêntrico e não gosto de colocar aqui aquilo que não é meu,enfim...Este poema é digno.
Não quero comparar os gênios,mas mesmo assim ambos me causam um misto de espanto e admiração...
Abaixo podemos ver a simplicidade da construção unida ao jogo de rimas e palavras,isso só reforça minha teoria de que a poesia é arte , vamos curtir um pouco ?

Clique na foto para melhor visualizar


Friamente

Que minha poesia, sempre...
Ultrapasse friamente...
Os limites da humana compreensão.
E que assim crie,o que em mim se sente.


Que a dor seja dor.
Que a morte seja morte.
Que o amor seja amor.
Que a sorte seja sorte.


Todos sejam de verdade.
O que lhes é destinado.
Que sejam puros e livres.
De regra ou de pecado.


Mas que seja friamente.
Sem dó nem piedade.
Que seja cruel.
Sem medo da verdade.


Que cause dor.
Que cause amor.
Que cause morte .
Que cause sorte.


Mas que alguma coisa cause! 
Espero eu...




Anderson Cristiano Alves 26/06/2011

Admiro de voz calada aquilo que não perfeitamente entendo...
O que em um passado não tão distante era glória,hoje é resto de um misto de derrota e esquecimento.

Anderson Cristiano Alves 25/06/2011


Tesão


 Tesão é o suor frio que escorre de nossos corpos.
 É ele quem faz o lençol então grudar em nossas peles.
 Aumentando mais o desejo ardente,e queimando internamente o fogo da paixão.


 Calafrios tomam conta,no deslisar forte das mãos quentes e tremulas.
 O prazer nos consome no encontro dos corpos.
 Ambos insaciáveis pelo orgasmo frenético.


 Esse momento pleno faz acreditar que isso tudo...
 É mera poesia.
 Desta cama transcendental surgem linhas de arte.


 A arte do desejo.
 A arte do sexo explicito.
 Uma poesia de prazer e desejo.


 Poesia que mostra o que é limitado.
 Poesia essa que se mostra decrépita.
 Inerte...
 Irreal...
 Tão esgotada,que por suas próprias regras está sendo destruída.


 Desejo ardentemente reescrevê-la.
 Reescrever a arte nesse momento quente.
 Neste momento de suor.
 Calafrios...
 Gemidos...
 Neste momento de tesão.


 Neste desejo de criar.
 Criar gozo.
 Criar arte.
 Eu sei que vou gozar.


 Enquanto esse desejo ainda existir...


 Existirá a letra viva em carne exitada.
 Existirá o coito da escrita com o sentimento.
 Existirá o orgasmo escrito pelas mãos que acariciam.


 A letra apaixonada cria.
 Engravida..
 A literatura que está ...
 Acabada.
 Mas ainda sim exitada.



Anderson Cristiano Alves 25/06/2011

domingo, 19 de junho de 2011

Fuga





Fuga


Tenho corrido...
Desesperado...
Aflito...
Aquado...
Tenho corrido...


Por vales escuros e sombrios da alma minha
Tenho corrido...
Em meio ao medo e a solidão,tenho corrido...
Tentando fugir de algo que dentro em mim caminha


Tenho corrido...


Tenho corrido,sem olhar para trás
Tenho fugido,em prantos de sangue
Tenho corrido entre pedras pontiagudas
O sangue na sola dos pés,um mar voraz 


Ao meu redor fantasmas e demônios 
Ao meu redor floresta escura de alma minha
Tenho fugido e nunca me libertado
Tenho fugido e só o que consigo é um coração rasgado


Na distancia da fuga perdida
Tenho sentido...
Que o que minha alma persegue
É minha própria alma ferida.




Anderson Cristiano Alves            19/06/2011