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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Noite


Noite 

Percebi
que a noite quente escorria
pelas paredes gélidas 
de meu quarto escuro
A penumbra da madrugada
consumia meus pensamentos vagos

Senti o cheiro da solidão preencher
meu copo suado sobre a mesa
Bebi do copo e adormeci

Acordei com o gosto amargo do fracasso na boca.

A caixa

Abri aquela antiga caixa com as mãos suadas e frias
O peito pulsava de tensão
Emoção
Aflição
Tensão
Atenção
Tudo fluía
com certa convicção
Medo...

Solidão na madrugada quente
Paredes escorrendo de curiosidade
Coração

Dentro da caixa...
Poesias escritas em papel de pão.

Um dia você abre um caderno velho e empoeirado que se chama coração e reencontra as poesias que escrevia quando o caderno ainda estava sendo usado,nesse momento você percebe que elas não fazem mais o mesmo sentido.

Então...
Então você vai sentindo aquela dor atravessando seu peito e queimando como um ferro quente na carne crua, é inevitável tamanho sofrimento...
Aos poucos vai adormecendo,quando acorda percebe que tudo passou e que seu coração está novamente pronto para outra.