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domingo, 2 de janeiro de 2011

Restos de mim


Restos de mim.

São os restos de mim que vejo
Restos de uma vida,pelo chão espalhados
Restos de um corpo
Restos de alguém retalhado

O que outrora era vida abundante
Encontra seu fim
Mesmo em vida assim
Encontra-se agonizante 

Pedaços de pecado,sangue e dor
Pedaços de destruição,de um passado mal vivido
Pedaços de um ser humano desconhecido
Pedaços de um mal de amor

São restos de um ser que um dia
Os santos sacramentos recebeu
Alguém que vivia...
Vivia...
Mas enfim morreu

São restos,que ainda sofrem
São restos que ainda choram
São restos que ainda sentem
São restos que ainda esperam

Esperam pois um sentido
Esperam pois um sopro
Nada emitem,mudos
Nada nem ao menos um gemido

Gemido este que se mostra em cada despedida
Gemido expresso na aparência
Gemido da morte da inocência
Um grito de uma alma fétida e podre em vida


Anderson Cristiano Alves 

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